Foto: Renan Mattos (Diário)
Voluntária no CACC há cinco anos, Dânia Amaral dedica-se a dar atenção a crianças e familiares, bem como a ajudar na parte administrativa do Centro
A médica veterinária Dânia Amaral de Lima Oliveira, 40 anos, tem uma rotina voltada ao cuidado com os filhos e a dedicação aos animais. Mas, assim que os pequenos entraram na escola, ela descobriu uma nova missão de vida: a solidariedade.
Com as tardes livres, ela aceitou o convite do Centro de Apoio à Criança com Câncer (CACC) para ajudar no atendimento de pacientes e acompanhantes e na captação de recursos.
- Fui convidada pela fundadora da CACC, Marli Tarragó. Há mais de 10 anos, ela me convidava para ajudar na instituição. Devido ao cuidado com as crianças, demorei um pouco a aceitar. Hoje, já faz cinco anos que faço este trabalho que me enche de alegria. É gratificante - conta Dânia.
VOLUNTARIADO
Dânia já tinha a solidariedade como prática diária desde os tempos de faculdade. Por quatro anos, ela atuou no Abrigo Espírita Oscar José Pithan.
- Sempre me identifiquei com ações sociais. É recompensador! Ao cuidar de alguém, recebemos muito mais do que doamos. Sou grata pela oportunidade de brincar, conversar e sorrir com as crianças que estão no Centro - conta Dânia.
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Separar doações, organizar e ajudar nas vendas do brechó foram as primeiras atividades que a médica veterinária exerceu no Centro de Apoio. Ela conta que, no início, dedicava as tardes para a ação social. Aos poucos, conseguiu agregar mais tempo para o voluntariado. Moradora do Bairro Camobi, Dânia afirma que a pouca distância entre sua casa e o Centro facilitou a dedicação dela com as crianças.
- Tem dias que passo mais no Centro do que em casa. Minha rotina é visitar as crianças no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), acompanhar as famílias e auxiliar na parte administrativa. Hoje, o CACC é a minha grande paixão. É o meu estilo de vida - menciona Dânia.
AFETO E AMIZADE
O filho de Silvia Adriana de Lima Martins, 42 anos, está em tratamento no Centro de Oncologia do Husm. Aos 4 anos, ele é uma das crianças acolhidas pelo CACC. Segundo Silvia, o pequeno conta as horas para chegar ao Centro, brincar e receber o carinho de Dânia.
- Como ele é bem falante, a conversa entre os dois flui o tempo todo. Dânia não deixa o papo acabar. Os dois se divertem juntos e com as outras crianças que ficam na casa - conta a mãe.
Para a médica veterinária, presenciar a felicidade das crianças é a grande motivação do voluntariado:
- Fazemos de tudo para que eles se sintam acolhidos. Nosso objetivo é ajudá-los a esquecerem um pouco a doença e que não percam a alegria de serem criança. Cada abraço que recebo é um motivo para continuar.
*Colaborou Natália Venturini